O esófago é um órgão do tubo digestivo que leva os alimentos da boca ao estômago.
O cancro do esófago ocorre quando células normais no esófago se transformam em células anormais com perda dos mecanismos de controlo de crescimento e multiplicação, produzindo novas células de forma descontrolada.
Ao contrário das células normais, as células cancerígenas não respeitam os limites do órgão, invadindo os tecidos circundantes e podendo disseminar-se a outras partes do organismo.
Histologicamente existem dois grandes tipos de tumores do esófago:
- Carcinoma pavimentoso, pavimento-celular, epidermóide, espinocelular ou escamoso em que as células têm origem no epitélio estratificado;
- Adenocarcinoma que é um cancro do esófago que tem origem nas células do epitélio de uma camada glandular do esófago distal.
Nas últimas décadas, nos países ocidentais, tem-se assistido ao aumento drástico da incidência do adenocarcinoma tendo-se mesmo tornado o tipo histológico mais frequente.
O carcinoma pavimentoso e o adenocarcinoma diferem numa série de características, incluindo a localização esofágica preferencial e os fatores predisponentes: o carcinoma pavimentoso afeta sobretudo o esófago cervical e torácico e tem como principais fatores de risco o tabagismo e o consumo excessivo de álcool; por sua vez o adenocarcinoma surge predominantemente no esófago distal e está associado à presença de condições pré malignas como o esófago de Barrett, ao refluxo gastro-esofágico, à obesidade e ao tabagismo.