A endomicroscopia confocal é um nova técnica endoscópica que permite a obtenção de imagens de alta-resolução da camada mucosa do trato gastrointestinal. Esta técnica baseia-se na iluminação da mucosa com um laser, que é absorvido por um agente fluorescente, sendo depois a luz refletida captada. O laser é focado a uma profundidade selecionada no tecido de interesse e a luz refletida é então reorientada para um sistema de deteção pela mesma lente, excluindo-se a luz refletida de outros pontos da mucosa. Isto aumenta drasticamente a resolução espacial das imagens obtidas, captando-se imagens muito ampliadas e de alta resolução. Através desta técnica podem observar-se durante o exame de endoscopia, estruturas celulares e subcelulares com extremo detalhe, tal como num microscópio convencional (ver figuras 1 a 3).
Na endomicroscopia confocal usam-se agentes de fluorescência que podem ser aplicados directamente na mucosa a observar ou agentes fluorescentes intravenosos. As principais contra-indicações deste exame decorrem do uso destes agentes e incluem a gravidez, asma, insuficiência renal e antecedentes de alergia aos agentes de fluorescência usados.
Numerosos estudos têm abordado as aplicações clínicas desta técnica. Dentro destas destacam-se a deteção de alterações neoplásicas ou pré-neoplásicas do esófago, estômago e intestino grosso. A endomicroscopia confocal pode também ser útil no diagnóstico de outras doenças como colite microscópica ou doença celíaca.
Se tiver dúvidas fale com o seu gastrenterologista assistente para uma descrição mais pormenorizada.
Figura 1. Imagem de mucosa gástrica normal obtida através de endomicroscopia confocal
Figura 2. Imagem de mucosa normal do intestino delgado obtida através de endomicroscopia confocal
Figura 3. Imagem de mucosa normal do intestino grosso (cólon) obtida através de endomicroscopia confocal